19-11-2009Chega à hora de me cumprimentar com alegria?Vejo no espelho beleza, beleza, beleza. Uma beleza que não é desse mundo, que não está em fotografias. Beleza que os outros não vêem. Ou quem não vê sou eu? Me sinto mesquinha às vezes. A felicidade dos outros me assusta, o sucesso. Esse mundo é de recursos limitados, e se essas coisas não existirem para mim? E se eu nunca encontrar com meu eu tão belo, do espelho? O outro que conheço de cor: o que tem medo do mundo e esta ferido e descrente? Mas esse não é meu eu. Meu eu sorri frente a tanta pequenez e segue amando. Meu eu sabe que o mundo não é aqui e que amanhã é sempre novo. Meu eu sabe que aqui é brincadeira e sabe se divertir. Meu eu sabe que sofrimento faz parte, limitação dor, tudo. E vive tudo dignamente. Mas o bicho acuado está aqui, à flor da pele, e me impede. Meu eu é precioso demais e não quer se mostrar. Mostro dor e impaciência. Mostro intolerância. Quando na verdade entendo tudo, todos. E amo.O Eu de fora escondeu o amor assim, pouquinho além do alcance da mão. Pode quase tocá-lo, mas não. Eu sinto falta de amar mais, de sorrir mais. Sinto tanta falta, tanta falta de mim!”M.C.
7 de mai. de 2011
Confessions of a bookaholic in treatment: - Parte 5
6 de mai. de 2011
Confessions of a bookaholic in treatment: - Parte 4
“And when her turns to me I see that he doesn’t recognize anything; nothing in the room means a thing to him, and the knife of realization sinks in deeper: all the little tokens and souvenirs in this museum of our past are as love letters to an illiterate.”
— Clare Abshire (The Time Traveler’s Wife by Audrey Niffenegger)
12/11/2009“ Será o destino da mulher esperar?¹Esperei que ele voltasse, esperei alguém que viesse. Esperei, e ainda espero. Mas o que? Já não sei mais. Tive amores de fim do mundo. Se acabaram, mas o mundo continuou. Ando colecionando mortes. Minhas pessoas se foram, algumas, poucas mas muito sentidas. Mas os daqui, são mortos-vivos – ou assim me parecem. E viver tem mais sentido cada vez mais, para mim. Mas, ironicamente, quanto mais viva, mais desligada desse mundo me sinto.”
M. C.
Nota 1: Paciente se remete a primeira parte do livro: A mulher do viajante no tempo. Assim como algumas citações seguintes traçará um paralelo entre o conteúdo terapêutico trabalhado e a história do casal Henry e Clare - Personagens principais deste livro.
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